Il finale

01:42

O fim de qualquer coisa que mudou a tua vida deixa sempre um vazio enorme. Torna-se difícil ou quase impossível escrever sobre quase 11 meses de uma vida nova criada por ti de raiz, das pessoas que conheceste e dos momentos que partilhaste. Torna-se impossível esquecer todos os lugares que visitaste, as noites sem dormir, até as horas de estudo passadas. Torna-se difícil de sustentar a perda, e para quem como eu encontrou o amor, ter de deixar as coisas a meio cria uma frustração que se transforma em mágoa, baseada na dúvida do "e se...". Por muito mais que te convenças que no fim terá de ser assim, nunca consegues imaginar que será assim tão difícil.
Dizer adeus (ou até à próxima, como foi preferido mencionar) faz-nos crescer, ensina-nos a aproveitar o momento. Posso dizer que aprendi a viver no verdadeiro carpe diem de que todos falam, e a lançar a minha vida com inúmeros projectos, motivações, esperanças e sonhos.
No fim dói, dói muito ter de deixar isto tudo. Mas nunca, nunca poderei pensar que não valeu a pena.

Nostalgia

16:03

Traveling I only stop at exits
Wondering if I'll stay
Young and restless
Living this way I stress less
I want to pull away when the dream dies
The pain sets it and I don't cry
I only feel gravity and I wonder why

Why do all good things come to an end?

Saudades

20:22

De conduzir o meu carro
Da comida da mãe
De não ter de lavar a roupa
Dos jantares em casa com os amigos de sempre
Da minha cidade (das duas)
Das tardes preguiçosas no café
Do meu cão
Do mar frio e bravo
Dos passeios de domingo à tarde
Das saídas à noite malucas
Das tardes de estudo na Almedina
De jogar ténis
De abraçar a família
Da cidade do Porto
De bacalhau com natas
Das manhãs no hospital (de vez em quando)
De poder falar e ser eu próprio
Do meu quarto, da minha cama

... do meu país.

16:28

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

Mariza

18:55

Talvez um dos vídeos mais fofos que vi até hoje.


Conversa

12:31

- Qui, in Italia, ti senti uno straniero, o a casa?
- Mi sento a casa.
- Non ti mancano i tuoi amici?
- Certo che mi mancano.
- Secondo te, come sarà tornare?
- Non ci posso pensare. Portogallo, da un lato, mi pare troppo lontano...
- Ma infatti è lontano!
- (rido) È vero. Ma dall'altro è ancora tanto viccino... è la paura che c'ho di tornare e scoprire che niente è cambiato.

Palermo snapshots

11:21